segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Espera

Ainda que você não volte,
guardarei limpas suas botas pretas da labuta.

O café o aguardará quente, 
na xícara sobre a mesa
forrada com a chita do nosso casamento.

E a cama pronta...
E todas as curvas do meu corpo para o seu caminhar.











Por Flavia Abreu

Imagem: Edvard Munch, "Amor e Dor". Óleo sobre tela. 1893-1894

Um comentário:

  1. Lindo poema, forte o amor, que vive de esperas, que acalenta o próprio coração.

    ResponderExcluir

Agora, a sua opinião.